Batizado de ‘Ícaro’, o astro foi visto pelo telescópio Hubble e está tão distante que sua luz levou 12,9 bilhões de anos para chegar à Terra. Nasa fez suspense para realizar o anúncio e internautas se decepcionaram com a notícia
Desde que foi lançado, em 24 de abril de 1990, o telescópio Hubble é o queridinho de cientistas do mundo inteiro. Por ficar no espaço, ele está livre de interferências da atmosfera terrestre e consegue as melhores imagens do universo.
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Na tarde desta quarta-feira (30), a Nasa fez um anúncio de que o telescópio Espacial Hubble estabeleceu uma nova referência extraordinária: detectar a luz de uma estrela que existia nos primeiros bilhões de anos – a estrela individual mais distante já vista até hoje.
O Hubble também detém o recorde de distância cósmica de uma galáxia. Sua luz levou 13,4 bilhões de anos para chegar à Terra.
A estrela Earendel (apelidade de Ícaro) recém-detectada está tão distante que sua luz levou 12,9 bilhões de anos para chegar à Terra, aparecendo para nós como quando o universo tinha apenas 7% de sua idade atual.
Nas redes sociais, internautas brincaram com o suspense feito pela Nasa, que prometeu uma grande descoberta para a tarde desta quarta-feira.
“Essa era a grande novidade da Nasa? Misericórdia. Esperamos vida, ETs, e a Nasa traz estrela. Decepcionante”, disse um internauta.
“Ah, sim. Estou emocionado sim, Nasa. Obrigado pela Informação. Eu esperava ‘ETs’ e recebi uma estrela distante”, afirmou outro.
Os menores objetos vistos anteriormente a uma distância tão grande são aglomerados de estrelas, embutidos dentro de galáxias primitivas.
“Quase não acreditamos no começo, era muito mais longe do que a estrela anterior”, disse o astrônomo Brian Welch, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore.
A descoberta foi feita a partir de dados coletados durante o programa RELICS (Reionization Lensing Cluster Survey) do Hubble, liderado pelo coautor Dan Coe no Space Telescope Science Institute (STScI), também em Baltimore.
“Normalmente a essas distâncias, galáxias inteiras parecem pequenas manchas, com a luz de milhões de estrelas se misturando”, disse Welch.
“A galáxia que hospeda esta estrela foi ampliada e distorcida por lentes gravitacionais em um longo crescente que chamamos de Arco do Nascer do Sol”.
Depois de estudar a galáxia em detalhes, Welch determinou que uma característica é uma estrela extremamente ampliada que ele chamou de Earendel, que significa “estrela da manhã” em inglês antigo.
A descoberta promete abrir uma era inexplorada de formação estelar muito precoce.
Esta visão detalhada destaca a posição da estrela Earendel ao longo de uma ondulação no espaço-tempo (linha pontilhada) que a amplia e possibilita que a estrela seja detectada a uma distância tão grande – quase 13 bilhões de anos-luz.
Também é indicado um aglomerado de estrelas que é espelhado em ambos os lados da linha de ampliação. A distorção e ampliação são criadas pela massa de um enorme aglomerado de galáxias localizado entre Hubble e Earendel.
A massa do aglomerado de galáxias é tão grande que distorce o tecido do espaço, e olhar através desse espaço é como olhar através de uma lupa – ao longo da borda do vidro ou da lente, a aparência das coisas do outro lado é distorcida como bem como ampliado.
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