Leticia Schleder, chefe da Seção de Controle de Vetores, afirmou que a estratégia de usar o bloqueio com inseticida é adotada em bairros onde já foram confirmados casos de chikungunya
Em virtude da confirmação de dois casos positivos de chikungunya na Ponta da Praia, alguns imóveis do bairro receberão inseticida nesta segunda-feira, 20, a partir das 9h. Eles ficam no entorno da residência de duas pessoas da mesma família que testaram positivo para a doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue, zika e febre amarela urbana.
Em caso de mau tempo, a ação será transferida para outra data. Partindo da Praça Engenheiro José Rebouças, o inseticida será aplicado nos imóveis localizados nas três quadras mais próximas, compreendendo a Avenida Fernando Costa, Rua Vereador Henrique Soler, Rua Amélia de Leuchtemberg, Rua André Rebouças, Rua Venâncio José Lisboa e Rua Maria Máximo.
Os moradores dessas localidades já foram orientados sobre nebulização pela equipe de Informação, Educação e Comunicação (IEC), da Secretaria de Saúde, durante mutirão realizado no bairro na última quarta-feira, 15.
De acordo com a prefeitura, os imóveis que serão nebulizados já foram vistoriados e eventuais situações com acúmulo de água e focos com larvas eliminados, cumprindo, assim, a primeira parte do protocolo de aplicação de inseticida.
“O bloqueio com inseticida é a estratégia adotada pela Secretaria de Saúde de Santos em bairros onde foram confirmados casos de chikungunya. Ao combater o mosquito na fase adulta, em que ele está transmitindo a doença, esperamos conter a circulação do vírus”, explica Leticia Schleder, chefe da Seção de Controle de Vetores.
NOVO INSETICIDA
Nesta nebulização, a prefeitura de Santos utilizará pela primeira vez o inseticida Cielo, encaminhado pelo Ministério da Saúde em substituição ao Malathion. O Ministério da Saúde avalia a eficácia dos inseticidas constantemente e os substitui sempre que necessário. O município é a primeira cidade da Baixada Santista a contar com o novo produto, que tem como princípios ativos a imidacloprida e a praletrina.
No último dia 9, doze agentes de combate a endemias da Cidade foram capacitados pela Superintendência de Controle de Endemias do Governo do Estado de São Paulo (Sucen) para utilizar a substância.
A Sucen também supervisionará a nebulização na Ponta da Praia. Um representante da empresa fabricante do inseticida Cielo, que participou junto ao Ministério da Saúde dos testes de liberação e aprovação do produto, também estará presente.
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CUIDADOS E ORIENTAÇÕES
Diferentemente do inseticida anterior, o Cielo deve ser aplicado diretamente nas superfícies (o Malathion tinha aplicação aérea e o produto atingia a área de abrangência conforme caía). Todos os agentes nebulizadores atuarão devidamente paramentados, com roupa hidrorrepelente (apropriada para nebulização), máscara, luvas nitrílicas e botas.
A nebulização é realizada apenas em áreas abertas como quintais, corredores e pátios. Todas as pessoas devem sair do local e só devem retornar meia hora depois de terminada a aplicação do inseticida. Roupas devem ser tiradas do varal previamente. Alimentos, bebedouros e comedouros de animais devem ser guardados. Animais de estimação também não devem ser expostos à pulverização. Portas e janelas devem permanecer abertas.
A aplicação de inseticida é uma estratégia adotada a partir de protocolos, não havendo qualquer indicação para uso indiscriminado.
CASOS
Com relação às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, Santos confirmou 98 casos de dengue e nove de chikungunya em 2020. Não há registro de zika neste ano. Já a febre amarela urbana não é registrada no Brasil desde a década de 1940.
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