Programa emergencial

Prefeita explica projeto não aprovado pela Câmara de Ilhabela

Não aprovação do projeto de ampliação proposto pela prefeitura fez prazo do programa se encerrar em 30 de junho

Da Redação
Publicado em 08/07/2020, às 09h01 - Atualizado em 24/08/2020, às 00h02

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Divulgação/PMI
Divulgação/PMI

A prefeita de Ilhabela, Maria das Graças Ferreira dos Santos Souza, a Gracinha, no final da manhã dessa terça-feira, 7, em uma live em sua página da rede social, lamentou a não aprovação pela Câmara, em tempo hábil, do Projeto de Lei (PL) que permitiria ampliar o prazo do atendimento à população beneficiada pelo Programa Ilhabela Unida pelo Trabalhador.

A prefeita explicou que se a Câmara tivesse aprovado a prorrogação do prazo da lei, por mais 30 dias, como previsto no artigo 11 do PL, a prefeitura também poderia ter enviado um novo projeto para ampliar o atendimento do cartão alimentação, de R$ 1045, que junto com o benefício do Auxílio Aluguel Emergencial, está previsto no programa voltado ao trabalhador.

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Como o presidente da Câmara, Marquinhos Guti, não colocou o projeto em votação, o programa criado pela prefeitura, por meio da Lei 1416/2020, para socorrer os trabalhadores afetados pelas medidas preventivas, se encerrou no dia 30 de junho.

A prefeita lamentou e discordou da decisão do presidente da Câmara no encaminhamento do PL, que embora tenha sido protocolado no legislativo no dia 9 de junho não foi colocado em discussão no mês do seu recebimento.  Isso inviabilizou a prorrogação do período total para quatro meses, bem como a suplementação de verba do programa, o que permitiria a prefeitura atender outros 550 trabalhadores com Auxílio Aluguel Emergencial, que superou a expectativa inicial de interessados.

A prefeita, lembrando sua experiência como vereadora por três legislaturas e presidente da Câmara por um biênio, discordou de declaração do atual presidente e afirmou que ele poderia ter colocado o PL à apreciação dos vereadores de posse de parecer do jurídico do legislativo. De acordo com Gracinha Ferreira, com essa atitude do presidente os vereadores foram impedidos de exercerem a atividade para a qual foram eleitos pela população.

Falando sobre o clamor pela ampliação do programa, devido à continuidade dos transtornos provocados pela pandemia, Gracinha lembrou manifestações públicas recentes em favor do projeto, que solicitavam também suplementação de verba, de R$ 1,6 milhões, além da prorrogação do prazo. Referiu-se ao vereador Anísio Oliveira, que durante sessão de Câmara pediu a inclusão do projeto ao presidente. Para a prefeita, se o projeto tivesse sido apreciado pelos vereadores teria sido aprovado. “Não deve ser o presidente que decide, e sim os vereadores, em plenário”.

Ao final da live, a prefeita novamente lamentou o fato de, sem a aprovação de lei na Câmara, ter ficado impedida de ampliar o atendimento aos trabalhadores aprovados no programa e fez questão de ler a data e o horário em que a prefeitura protocolou o pedido de aprovação do projeto ao presidente do legislativo. “Peço que falem a verdade. O projeto foi protocolado na Câmara. Não foi votado e por isso não conseguiremos atender por mais prazo e ainda mais pessoas”, concluiu. 

Ilhabela foi uma das primeiras cidades do estado de São Paulo a lançar um programa como “Ilhabela Unida pelo Trabalhador”, feito com o objetivo de socorrer trabalhadores afetados pela pandemia da Covid-19, por meio de um cartão de alimentação, no valor de R$ 1 045, e auxílio aluguel de até R$ 960. Durante três meses, a prefeitura destinou R$ 24 milhões às famílias prejudicadas pela crise atual.

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