Santos e Guarujá

Rodoviários decretam ‘estado de greve’ na Santos Brasil Logística

Cerca de 300 rodoviários participam de campanha pela readmissão de três trabalhadores

Da Redação
Publicado em 12/03/2020, às 13h39 - Atualizado em 24/08/2020, às 07h18

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Divulgação
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Os 300 rodoviários da Santos Brasil Logística, que possui terminais no bairro Alemoa, em Santos, e no Itapema (Vicente de Carvalho), no Guarujá, estão em ‘estado de greve’. Em assembleia na noite de quarta-feira, 11, no Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e Região, a categoria fortaleceu a campanha pela readmissão de três trabalhadores.

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Eles foram dispensados na terça-feira, 10, oficialmente sem justa causa, mas, na verdade, segundo seus companheiros, por terem denunciado péssimas condições de trabalho em recente reunião.

O ‘estado de greve’ possibilita, legalmente, que a categoria paralise as atividades a qualquer momento da semana que vem, quando estarão passadas as 48 horas após publicação do edital do sindicato.

Mas, apostando nas negociações, e seguindo orientação do sindicato, eles terão nova assembleia no sábado da próxima semana, 21, às 17 horas, quando receberão resposta da empresa.

Diante de edital do sindicato publicado em jornal nesta quarta-feira, 11, convocando a assembleia com base na lei de greve (7.783-1989), a empresa chamou a diretoria para negociar. O vice-presidente e o secretário-geral, ‘Betinho’ José Alberto Torres Simões e ‘Ferrugem’ Eronaldo José de Oliveira, foram convidados a conversar com o diretor da empresa Ricardo Buteri.

Atrasados com imposto de renda

O representante da Santos Brasil comprometeu-se a estudar as readmissões e outras reivindicações. Ele pediu um prazo de dez dias, mas o sindicato contra propôs sete dias. A próxima assembleia será no sábado, 21, porque quarta-feira é um dia em que a maioria está trabalhando. Se aprovada, a greve será decretada já na segunda-feira seguinte, 23.

Além das readmissões, os trabalhadores têm outras reivindicações, entre elas o ressarcimento imediato de eventuais gastos em consertos mecânicos durante as viagens.

Os motoristas reclamam também de atrasos de pagamento das diárias e do não adiantamento de verba para despesas nas viagens de longa distância.

De acordo com o sindicato, além da perda inflacionária dos valores pagos em consertos e viagens, há também erros nos pagamentos de horas extras e diárias, saldadas posteriormente. "Todos os pagamentos atrasados são feitos em holerites, com os devidos descontos de imposto de renda, o que gera mais prejuízos ainda aos motoristas. Tudo isso pelo salário irrisório de R$ 1.852".

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