Lei pretende preservar linguajar santista e levar identidade à escolas e espaços públicos
Palavras, gírias e expressões típicas de Santos, como a “média” (pão francês), “classe A” e “cabuloso” serão eternizadas. O projeto de lei nº 213/2017 que cria o Museu das Palavras e Falas Santistas foi sancionada na tarde de quarta-feira, 18, no Paço Municipal. O objetivo da lei, criada pelo vereador Braz Antunes, é preservar o jeito santista de se comunicar, além de reunir as manifestações literárias e o linguajar típico de Santos.
O equipamento pretende estimular estudos a respeito destas manifestações e preservar a literatura feita por santistas. Também vai utilizar como referência escritores da cidade como Pagu, Geraldo Ferraz, Vicente de Carvalho, Martins Fontes, Rui Ribeiro Couto, Plínio Marcos, Narciso de Andrade e Flávio Viegas Amoreira.
Itinerante
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa informou que a proposta é fazer com que o museu assuma um caráter itinerante, a fim de que seu cunho pedagógico seja levado à escolas e espaços públicos, por exemplo. “É importante, também, mostrar as singularidades e peculiaridades de Santos às pessoas de fora”.
A ideia é criar um grupo de trabalho com integrantes das secretarias de Cultura, Educação, Turismo, além de Fundação Arquivo e Memória de Santos, para viabilizar o equipamento.
Segundo o vereador Braz, o museu é essencial para perpetuar a cultura própria dos santistas. “Importante ressaltar essa nossa identidade. Por exemplo, as expressões que só vemos aqui, como pingado (café com leite), o pão de cará e o uso do ‘tu’”.
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