De queridinho das comunidades rurais à explosão do lado urbano, o sertanejo tem uma incrível história de evolução
Sertanejo comprova preferencia com recorde também nas lives
De queridinho das comunidades rurais à explosão do lado urbano, o sertanejo tem uma incrível história de evolução
Uma imensidão de duplas e cantores solos aventuram-se cada vez mais pelo sertanejo, gênero musical que movimenta uma indústria gigantesca e atualmente é responsável pela maior parcela dos hits tocados nas rádios e nas principais plataformas de streaming, como Spotify, Deezer, YouTube e Apple Music.
O sertanejo mostrou sua força também em tempos de pandemia de covid-19, com a impossibilidade de realização de shows. Em quarentena, os brasileiros comprovaram mais uma vez sua preferência pelo gênero musical, nas lives.
A mais vista foi a da cantora Marília Mendonça, com 3,2 milhões de visualizações simultâneas no Youtube. Outros campeões de visualizações foram Jorge&Matheus, com 3,1 milhão, e Gustavo Lima, com 2,6. Para se ter uma ideia, em 2018, a famosa cantora pop americana Beyoncé teve 458 mil visualizações simultâneas no Festival Coachella, realizado na Califórnia – Estados Unidos.
Aliás, no Brasil estes gêneros musicais têm uma disputada acirrada, mas o sertanejo é responsável por 29% das músicas mais ouvidas no país, enquanto o pop tem 25%, segundo dados do Kantar IBOPE.
E já que estamos no inverno, período em que o Sertanejo invadiria os arraias Brasil afora, não fosse as restrições sanitárias, que tal conhecer um pouco da história deste ritmo tão amado?
Duas décadas de evolução
O pesquisador, compositor, escritor e humorista Cornélio Pires é o pai do gênero musical. Foi ele, que, em 1929, escolheu a música aliada a encenações para divulgar costumes caipiras por todo o Brasil. A informação consta no infográfico produzido pelo site de cassino online Betway , que traça o longo caminho percorrido pelos artistas sertanejos de várias épocas, até chegar ao sucesso dos dias de hoje.
De acordo com a pesquisa produzida pela Betway, Cornélio Pires passou pelo interior paulista, norte e oeste paranaenses, sul e triângulo mineiros, sudeste goiano e mato-grossense. Sua iniciativa foi além da divulgação de costumes, conquistou público, atraiu interesse, perpetuou.
Logo depois, entre as décadas de 1930 e 1950 vieram as primeiras duplas caipiras, o que consolidou o gênero no país. Entre os pioneiros, considerados percussores do sertanejo raiz estão: Tonico e Tinoco; e Luizinho e Limeira. Quem não se lembra das famosas canções: Pinga ni Mim e O Menina da Porteira?
De lá para cá, o ritmo seguiu mudando e acompanhando tendências, mas sem nunca perder suas raízes. As fases foram divididas entre as décadas de 1960 e 1970, da modernização; 1980 e 2000, que tem a marca do romantismo; 2000 a 2010, com o surgimento do sertanejo universitário; e de 2010 até os dias de hoje, período do sertanejo meloso, com destaque para 2011 - entrada forte das mulheres -, o chamado feminejo, que incorpora outros estilos ao gênero, como forró, pop e até o funk.
Comentários