RETOMADA

Servidores de Santos voltam ao trabalho; sindicato contesta

Sindest afirma que nada foi desinfectado e que trabalhadores voltarão em 'condição de miséria'

Da Redação
Publicado em 17/06/2020, às 07h04 - Atualizado em 23/08/2020, às 23h34

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Divulgação/Prefeitura de Santos
Divulgação/Prefeitura de Santos

Os servidores municipais de Santos voltam ao trabalho nesta quarta-feira, 17, data em que se inicia o retorno gradual às atividades presenciais dos profissionais de serviços municipais considerados não essenciais durante o período de pandemia.

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O retorno dos funcionários, no entanto, é visto como falta de consideração do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), por parte do presidente do Sindicato dos Servidores Estatutários (Sindest), Fábio Marcelo Pimentel. Para ele, os trabalhadores serão realocados em locais de trabalho “totalmente precários, verdadeira condição de miséria, nada foi desinfectado”.

Ele ainda declara: “Se a pandemia passou por esses locais, lá ainda está, colocando o pessoal em risco. Em dois meses e meio nada foi higienizado. As unidades estão imundas. Assim são tratados os servidores, sem qualquer consideração", criticou, acrescentando que o sindicato e os trabalhadores não foram consultados como se daria esse retorno. "Simplesmente o prefeito achou que deveriam voltar e pronto, os convocou".

A prefeitura de Santos, por sua vez, explicou que a retomada ocorre com prevenção e medidas contra aglomerações. Entre as medidas impostas pelo executivo estão o disciplinamento do home office, aferição de temperatura corporal, distribuição de máscaras de tecido e álcool em gel.

A municipalidade ainda informou que, a todos os órgãos, foi recomendado que os horários de entrada e saída dos funcionários não coincidam com horários de pico do transporte público, a fim de evitar aglomerações nos trajetos de ida e volta.

“Esse retorno não vai ser de qualquer forma. Estamos implementando na administração pública um plano como o que foi criado para a iniciativa privada”, diz Leocádio, garantindo que todo o material de proteção necessário já foi adquiro pela prefeitura, incluindo máscaras de tecido, luvas e o álcool em gel que estará disponível nas repartições.

Segundo ele, além de manter janelas abertas e distanciamento de 1,5 metro para os colegas e o público atendido, os servidores municipais terão a responsabilidade de higienizar as próprias estações de trabalho. “As equipes de limpeza vão priorizar banheiros e espaços coletivos”, explica, lembrando que haverá também protocolos de como proceder em caso de suspeita de enfermidade.

Neste primeiro momento, as secretarias funcionarão com, no mínimo, 30% do efetivo. E os servidores que pertencem aos grupos de risco (idosos e pessoas com comorbidades) seguem trabalhando de casa – mediante solicitação às chefias imediatas.

A regulamentação das medidas adotadas foram publicadas em duas portarias pela Secretaria de Gestão (Seges). Mas o presidente do Sindest acredita que a a medida será revogada diante de determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), na noite desta terça-feira, 16, que restringiu medidas decretadas pelo município de Santos.

A prefeitura informou que não foi notificada formalmente da decisão e que, assim que a administração municipal receber a notificação, a Procuradoria Geral do Município vai analisá-la para ingressar com recurso cabível.

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