TRISTEZA

Onça-parda prenhe morre atropelada no litoral sul de SP

Animal foi atropelado em uma estrada que acessa a cidade de Cananeia; durante a necropsia, constatou-se que a onça tinha dois fetos em seu útero

Redação
Publicado em 07/04/2024, às 09h05 - Atualizado às 09h46

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Onça-parda também é conhecida como suçuarana ou puma - Imagem ilustrativa/Reprodução/Segredos do Mundo
Onça-parda também é conhecida como suçuarana ou puma - Imagem ilustrativa/Reprodução/Segredos do Mundo

Uma onça-parda (Puma concolor) morreu atropelada na estrada Pref. José Herculano de Oliveira Rosa, que dá acesso ao município de Cananeia, no litoral sul de São Paulo. O atropelamento aconteceu na véspera do feriado prolongado de Páscoa, dia 28 de março.

O IPec (Instituto de Pesquisas Cananeia) recebeu a onça da Polícia Ambiental já em óbito. Segundo o instituto, durante a necropsia, constatou-se que se tratava de uma fêmea jovem. Como lesão principal, foi identificada uma fratura no crânio, atribuída, provavelmente, ao impacto do atropelamento. Esta lesão craniana indica um trauma agudo, que pode ter levado à morte do animal.

Ainda de acordo com o IPeC, foram observados outros ferimentos, como fraturas nas costelas, hemotórax (acúmulo de sangue no espaço pleural) e hematomas subcutâneos, principalmente, no lado esquerdo do corpo do animal. Mas o que mais chocou a equipe do IPeC é que a necropsia revelou que a onça estava prenhe, em estágio inicial de gestação, com a presença de dois fetos em seu útero.

Onça atropleada
Onça atropelada estava no início da gestação - Reprodução/IPeC

O IPeC lembra que a onça-parda, também conhecida como suçuarana ou puma, assim como outras espécies de felinos, sofre diferentes impactos decorrentes das ações humanas, como a caça ilegal, perda de habitat, poluição e atropelamentos, o que tem levado a um decréscimo nas populações.

A perda de um indivíduo da espécie (no presente caso, três), além de ser impactante para a população de onças, afeta todo o ecossistema, afinal, esses animais desempenham uma função vital, ao contribuírem no controle populacional de suas presas ou predando animais fracos e doentes.

O instituto pontuou, ainda, que este não é um caso isolado; diariamente vários animais perdem suas vidas vítimas de atropelamento, como gambás, tatus, serpentes, lagartos, roedores e aves. O IPeC informou que espera que este caso da onça-parda prenhe atropelada sirva de exemplo para evidenciar a necessidade urgente da ampliação/implementação de medidas efetivas, que visem reduzir o número de atropelamentos de animais nas estradas brasileiras.

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