PREVIAS DO PSDB

Doria e Eduardo Leite criticam apoios rivais, mas são uníssonos quanto terceira via

Tucanos definem na noite de hoje, 21, o candidato do partido às eleições presidenciais de 2022

Da redação
Publicado em 21/11/2021, às 10h43 - Atualizado às 11h05

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Doria tem ligeira vantagem, mas virada de Leite não é descartada. Arthur Virgílio corre por fora - Reprodução/ PSDB
Doria tem ligeira vantagem, mas virada de Leite não é descartada. Arthur Virgílio corre por fora - Reprodução/ PSDB

BRASÍLIA (DF) - Único partido a optar pela realização de prévias para a eleição presidencial de 2022, o Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB conhecerá na noite deste domingo, 21, seu representante para o pleito marcado para o ano que vem.

Os votos dos quase 45 mil afiliados do partido são disputados palmo a palmo pelos governadores de SP João Doria e do RS Eduardo Leite, além do ex-senador pelo AM Arthur Virgílio, que corre por fora na disputa.

A votação acontece desde as 8h e se estende até 15h, sendo por aplicativo ou presencial. A segunda opção acontece apenas em Brasília por meio de urnas eletrônicas e é direcionada exclusivamente para os 700 políticos do partido, com mandato em exercício. A apuração tem revisão para ser encerrada as 18h30.

Convergências e divergências

A noite anterior às prévias foi marcada por críticas a respeito de apoios recebidos pelos adversários e por convergências na defesa da união do partido e do diálogo com os demais presidenciáveis da terceira via.

Doria e Eduardo Leite protagonizaram ações semelhantes e realizaram jantares com políticos e militantes. O presidente do PSDB Bruno Araújo compareceu aos dois encontros.

Se publicamente os discursos são convergentes, nos bastidores a briga voto a voto segue até o fechamento das urnas. A cúpula do partido avalia que o resultado é imprevisível e que a diferença será pequena.

João Doria larga na frente

Uma ligeira vantagem de Doria entre filiados e o peso de 35% do estado de São Paulo na disputa dificultam a situação para para o governador do RS, que precisa de um percentual expressivo de dissidências paulistas para terminar à frente.

Em discurso a apoiadores, Leite fez críticas duras a Doria, mas o nome do governador de SP ficou no sujeito oculto. "O sentimento do PSDB raiz é maior do que qualquer tipo de pressão que se possa fazer", afirmou, em referência aos relatos de que prefeitos e vereadores de São Paulo que o apoiam sejam alvo de retaliação por parte de Doria.

Embora o governador de SP não tenha feito críticas diretas ao adversário em entrevista à imprensa, a equipe de campanha reagiu ao que considerou quebra da imparcialidade por parte de dois coordenadores do processo, o senador José Aníbal (SP) e o ex-deputado Marcus Pestana (MG),que declararam apoio a Leite.

"Impressionante. As raposas estavam dentro do galinheiro. O presidente e o coordenador da Comissão de Prévias, que elaboraram as regras, alteradas sempre com o jogo em andamento, e julgaram recursos, ainda documentam a vergonha imposta ao PSDB. Isso é debochar da cara dos filiados do partido", declarou Wilson Pedroso, coordenador da campanha de Doria.

Em entrevista, Doria também alfinetou Aníbal, que concorreu contra o governador nas duas prévias vencidas por ele, em 2016, para a prefeitura de SP e 2018, para o goveno do estado. "Talvez ele receba sua terceira derrota em menos de seis anos em prévias", afirmou Doria.

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