Baixada Santista

Prefeito de São Vicente é o novo presidente do Condesb

Pela primeira vez em 20 anos, o órgão teve eleição, e com votos abertos, para definir o comandante dos trabalhos por um ano

Estela Craveiro
Publicado em 02/03/2018, às 10h01 - Atualizado em 24/08/2020, às 03h13

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Pedro Gouvêa discursa após ser eleito o novo presidente do Condesb - Divulgação/Condesb
Pedro Gouvêa discursa após ser eleito o novo presidente do Condesb - Divulgação/Condesb

Na terça-feira, 27, em reunião extraordinária na sede da Agência Metropolitana (Agem), em Santos, Pedro Gouvêa (MDB), prefeito de São Vicente, foi eleito o novo presidente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), sucedendo o prefeito Alberto Mourão (PSDB), de Praia Grande, que, em 2017, ocupou o cargo pela segunda vez.

Nos 20 anos de atividade da Condesb, pela primeira vez o presidente foi escolhido por meio de votação, em aberto. Anteriormente, a presidência era definida por meio de acordo entre os prefeitos dos nove municípios da região. Válter Suman (PSDB), prefeito de Guarujá, é o novo vice-presidente.

Gouvêa disputou o comando do Condesb com Luiz Maurício (PSDB), prefeito de Peruíbe, que tinha Ademário Oliveira (PSDB), prefeito de Cubatão, como vice em sua chapa. Venceu com votos de quatro prefeitos e de 17 dos 18 representantes do estado de São Paulo presentes. Pelo estatuto do órgão, aos votos dos prefeitos são atribuídos pesos, de forma que representem a metade dos votos do colegiado, composto por 21 técnicos estaduais de vários setores.

Gouvêa assume o cargo com entusiasmo: “Nosso intuito é dar sequência ao primoroso trabalho que vem acontecendo no Condesb, e acaba fortalecendo nosso trabalho dentro das cidades. Vamos continuar, fazer com que o Condesb seja uma ferramenta importante de conquista para os municípios que compõem a Baixada Santista. Os nove prefeitos saem daqui alinhados, sabem da sua missão, do seu compromisso de  fazer com que  esse fortalecimento da região perante ao estado seja buscado”.

Para Gouvêa, as mais importantes demandas da região são a gestão do lixo, dada a exígua sobrevida de um ano e meio do aterro sanitário Sítio das Neves, localizado na área continental de Santos; e as questões da saúde e da segurança: “Não podemos pensar a segurança de maneira individualizada. Vamos continuar focados nas discussões e busca de soluções para que se possa alcançar um resultado melhor para a Baixada Santista. Precisamos muito desse entendimento entre a região e o governo do estado”.

A gestão dos resíduos sólidos e as questões de saúde e segurança também são apontadas como prioritárias na Baixada Santista por Mourão, que identifica o suprimento das carências dos setores de habitação e de mobilidade urbana como fundamentais para o desenvolvimento econômico da Baixada Santista, cuja evolução, na visão dele, depende ainda da integração dos segmentos portuário e turístico.

Uma das principais realizações da gestão de Mourão foi conseguir para a região o repasse anual de R$ 120 milhões do Ministério da Saúde para procedimentos de média e alta complexidade. Habitualmente franco, o prefeito de Praia Grande é assertivo ao avaliar sua gestão à frente da Condesb: “Mais do que as realizações, foi importante despertar a região para os temas mais críticos da Baixada Santista além da saúde e da segurança: a questão habitacional, por termos alto adensamento populacional e baixa densidade territorial; e a mobilidade urbana, fundamental para a Baixada Santista se tornar uma região efetivamente metropolitana. Precisamos ter mobilidade para a população ter acesso à saúde e ao trabalho de forma igualitária”.

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