Dia Mundial das Doenças Raras: Bertioga trata quatro diagnósticos no município

Até 2020, pelo menos 13 milhões de brasileiros foram diagnosticados com alguma doença rara, de acordo com o Ministério da Saúde. No mundo, cerca de 8% da população tem algum dos 6 a 8 mil tipos de doenças consideradas raras. O dia 28 de fevereiro foi escolhido como Dia Mundial das Doenças Raras.

O termo 'doença rara' é assustador, mas é possível mudar a história de muitas pessoas que podem ter o diagnóstico precoce se os exames para essas patologias forem incorporados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O exame do pezinho, feito obrigatoriamente no SUS, atualmente é capaz de triar seis doenças raras, mas com as mesmas gotinhas que são colhidas do bebê pode-se triar até 90 doenças raras.

Em Bertioga, por exemplo, o Hospital Municipal, administrado pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), hoje tem condições de atender alguns casos. Atualmente, são cinco pacientes diagnosticados com quatro doenças raras: acalásia da cárdia, algoneurodistrofia, disidrose (pompholys) e angeíte de hipersensibilidade.

A acalasia é um distúrbio esofágico neurogênico que afeta o mecanismo de funcionamento da cárdia, resultando em dificuldade de passagem de alimento do esôfago para o estômago, podendo evoluir para dilatação esofágica. A algoneurodistrofia é uma doença que se caracteriza por dor neuropática, pseudoparalisia, tumefacção, sinais vasomotores e autonómicos num membro, na ausência de lesão nervosa identificada.

Já a disidrose é uma doença de pele caracterizada por uma erupção em formas de vesículas (pequenas bolhas com líquido no interior), que coçam bastante e costumam se localizar nas palmas das mãos e plantas dos pés. E a angeíte de hipersensibilidade é uma doença rara da pele, na qual as lesões da vasculite de pequenos vasos da pele incluem púrpura (palpável ou não palpável), pápulas, urticária/angioedema, eritema multiforme, vesículas, pústulas, úlceras e necrose.