Regiane Vendramini, 43, deparou-se com um cenário conturbado e desafiador. “Muitos profissionais foram levados pela dor, angústia, raiva ou desânimo, mas o meu papel é lembra-los do oposto: o lado positivo de tudo isso”
Da redação
Publicado em 23/04/2021, às 16h34 - Atualizado em 14/05/2021, às 16h38
Assim como todos os profissionais que atuam na linha de frente no combate à covid-19, a enfermeira Regiane Cristina Rossi Vendramini, de 43 anos, se deparou com diversos desafios com a chegada da pandemia. O maior deles foi lidar, além da sua própria dor, a dos colegas de trabalho. “Sou gerente de Enfermagem no Hospital de Bertioga e, muitos profissionais foram levados pela dor, angústia, raiva, chateação ou desânimo, porém, meu papel, no entanto, foi sempre lembrá-los exatamente do oposto: o que há de positivo em meio a tudo isso”.
A equipe de Regiane perdeu alguns pacientes, a maioria tinha comorbidades. “Quando pensamos naqueles que perderam entes queridos durante a pandemia, é importante lembrar também, de toda nossa força e resiliência para continuar ajudando os outros”.
Para ela, que mudou completamente a rotina com a vinda do coronavírus, o mais difícil foi o início. “Há um ano atrás não sabíamos como lidar com a doença. O ensinamento é de que nem tudo acontece como a gente quer, mas nem por isso se torna impossível, basta adaptar à realidade que se mostra e seguir em frente fazendo o melhor para todos”.
No seu dia-a-dia, Regiane usa máscara o tempo todo e segue cuidados básicos de limpeza de mãos, depois faz uma ronda e monitora a equipe, cuidado que manteve mesmo após ser vacinada, março de 2021. “Foi um alívio, mas, ainda que criadas as vacinas para prevenção da doença, não há remédio que apague da memória o que vivemos neste período. Erros e acertos certamente servirão de base para decisões futuras em todos os campos das nossas vidas”.
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