ATENÇÃO REDOBRADA

Índice aponta aumento na mortalidade materna e causa estaria ligada a covid-19

Média nacional aponta o dobro de mortes em relação ao ano passado, o que reforça a preocupação em semana alusiva

da Redação
Publicado em 28/05/2021, às 16h10 - Atualizado às 16h48

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Gestantes enfrentam dificuldades também para obter dispensa do trabalho, o que aumenta o risco de infecção - Reprodução/ Prefeitura de Bertioga
Gestantes enfrentam dificuldades também para obter dispensa do trabalho, o que aumenta o risco de infecção - Reprodução/ Prefeitura de Bertioga

Números nacionais apontam aumento considerável em mortes maternas e a causa estaria implicitamente ligada à pandemia da covid-19. Em Bertioga (SP) os números também subiram de uma para três na comparação entre 2020 e 2021, o que reforça a preocupação no Hospital Municipal, administrado pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde – INTS, e demais prédios, ainda mais na semana nacional alusiva ao tema.

Em 2020, a prefeitura bertioguense inaugurou o Centro Especializado em Saúde da Mulher justamente com o objetivo de oferecer um atendimento mais eficiente durante as consultas de ginecologia e obstetrícia, focadas nos pré-natais de alto risco.

As munícipes contam com consultas de ginecologia e pré-natal, mastologista, exames de ultrassom, coletas de papanicolau, consultas de pediatria neonatal, salas de treinamento para planejamento familiar e programas de pré-natal.

Na última semana foi implantado um ambulatório no Centro Especializado justamente para acompanhar as gestantes com sintomas ou positivação para a covid. As gestantes com suspeita, que apresentam ao menos dois sintomas, entre coriza, febre, falta de paladar ou dor de cabeça, recebem atendimento imediato nas Unidades Básicas de Saúde – UBSs e Unidades de Saúde da Família – USF.

No caso de resultado positivo, é realizado agendamento para que a paciente receba atendimento personalizado, faça os exames necessários e o médico avalie também o bebê. Essas mulheres são monitoradas a cada 48 horas, conforme o quadro clínico.

A secretária municipal de Saúde, Janice Santos, explica que o objetivo é obter um diagnóstico precoce e reduzir a mortalidade materna na cidade. “A equipe médica monitora estas pacientes para evitar casos graves da doença, internação e principalmente óbito, pois 25% dos falecimentos maternos na cidade são em decorrência do coronavírus”, explica.

Alerta no Brasil como um todo

As taxas de morte materna pela covid-19 no Brasil mais que dobraram este ano na comparação com 2020. Em média, foram 118 mortes mensais em 2021, diante 49 no ano passado. Os dados levam em conta os meses de março a dezembro de 2020 e janeiro a abril de 2021.

As gestantes enfrentam dificuldades também para conseguir dispensa do trabalho, o que aumenta o risco de infecção.

Desde o início da pandemia, o Brasil registrou 960 mortes de grávidas ou puérperas positivadas para o coronavírus. O Ministério da Saúde recomenda as mulheres a adiar a gravidez, se possível, enquanto perdurar a pandemia.

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