VACINAÇÃO

Campanha contra o sarampo começa na segunda-feira

A campanha segue até 25 de outubro, com doses disponíveis em todos os postos de vacinação para crianças entre 6 meses e 5 anos

Da Redação
Publicado em 03/10/2019, às 08h59 - Atualizado em 23/08/2020, às 20h23

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Rogério Bomfim
Rogério Bomfim

A Secretaria de Estado da Saúde inicia na segunda-feira, 7, a campanha de vacinação contra o sarampo para alcançar crianças a partir de 6 meses e com menos de 5 anos ainda não imunizadas contra a doença. A iniciativa é realizada em parceria com os municípios e o Ministério da Saúde. No sábado, 19, haverá o 'Dia D', quando os postos de saúde estarão abertos para facilitar o acesso dos pais e responsáveis.

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Segundo a Secretaria da Saúde, o público-alvo da campanha deve ser levado aos postos de saúde, preferencialmente com a carteirinha de vacinação, para que um profissional verifique a necessidade de aplicação da dose. “A tríplice viral protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Mantê-la em dia é a melhor forma de prevenção e, por isso, convocamos as mães, pais, familiares e responsáveis para levarem os pequenos aos postos durante esta campanha”, explicou a Diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.

O calendário nacional de vacinação prevê a aplicação da tríplice aos 12 meses e também aos 15 meses para reforço da imunização com a tetraviral, que protege também contra varicela. Neste ano, os bebês com menos de 12 meses também devem receber a chamada “dose zero”, que não é contabilizada no calendário.

Contraindicações

A vacina é contraindicada para bebês com menos de 6 meses. A recomendação para os pais e responsáveis por crianças nessa faixa etária é evitar exposição a aglomerações, manter higienização adequada, ventilação adequada de ambientes, e sobretudo que procurem imediatamente um serviço de saúde diante de qualquer sintoma da doença, como manchas vermelhas pelo corpo, febre, coriza, conjuntivite, manchas brancas na mucosa bucal. Somente um profissional de saúde poderá avaliar e dar as recomendações necessárias.

A Secretaria também orientou que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a dose feita sem esse componente.

Jovens de 20 a 29 anos

A campanha também contará com uma segunda fase neste ano, focada em jovens de 20 a 29 anos. A ação acontecerá entre os dias 18 e 30 de novembro, quando acontecerá outro “Dia D”. Esse grupo poderá receber a dose da tríplice ou da dupla viral (sarampo e rubéola), conforme a indicação do profissional de saúde.

Os municípios devem seguir realizando ações de bloqueio diante da notificação de casos da doença.

A vacina é contraindicada para pessoas imunodeprimidas e gestantes. Pessoas nascidas antes de 1960, na sua maioria, já tiveram a doença na infância e possuem imunidade (proteção) por toda a vida, não necessitando ser vacinadas, conforme diretriz do Ministério da Saúde. As pessoas que tiverem dúvidas quanto à imunização adequada devem procurar um posto, com a carteira vacinal em mãos, para que um profissional de saúde verifique a necessidade de aplicação, que ocorrerá de forma “seletiva”, ou seja, apenas em quem tiver alguma pendência.

O Programa Estadual de Imunização prevê que crianças e adultos, com idade entre um a 29 anos, devem ter duas doses da vacina contra o sarampo no calendário. Acima desta faixa, até 59 anos, é preciso ter uma dose. Não há indicação para pessoas com mais de 60 anos, pois esse público potencialmente teve contato com o vírus, no passado.

Cenário epidemiológico

O Centro de Vigilância Epidemiológica estadual realiza monitoramento contínuo da circulação do vírus. Neste ano, até o momento, há 5.411 casos confirmados laboratorialmente. Considerando que o vírus já circula em todo o território paulista, conforme prevê no Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, a partir de agora o estado passa também confirmar casos com base no critério clínico-epidemiológico (ou seja, com base em sintomas e avaliação médica), confirmando outros 976 casos. Cerca de 59% do total de casos se concentram na capital.

Todos os óbitos pela doença têm confirmação laboratorial. Neste ano, houve oito mortes decorrentes de complicações pelo sarampo. São consideradas pessoas com condição de risco os portadores de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e imunodeprimidos, que podem ficar mais vulneráveis à infecção e evolução com maior gravidade.

Incidência no litoral

Na Baixada Santista, pelo critério laboratorial, foram registrados 77 casos neste ano, sendo 32 em Santos; 14 em Praia Grande; 12 em Peruíbe e em Guarujá; três em São Vicente; e um nas cidades de Bertioga, Cubatão, Itanhaém e Mongaguá. No Litoral Norte, foram 10 casos, sendo seis em Ubatuba, três em Ilhabela e um em Caraguatatuba. Houve ainda um caso registrado por critério clínico-epidemiológico em Guarujá. 

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