ATENÇÃO FOLIÕES

Carnaval: especialista orienta como prevenir infecções durante a folia

Gonorreia, sífilis, candidíase oral (sapinho), doenças respiratórias e demais infecções transmissíveis tendem a crescer durante o período de carnaval; saiba como preveni-las

Lenildo Silva
Publicado em 17/02/2023, às 12h06 - Atualizado às 14h59

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Doenças respiratórias e ISTs tendem a crescer durante o período de carnaval Cuidados Carnaval 2023 - Foto: Shutterstock
Doenças respiratórias e ISTs tendem a crescer durante o período de carnaval Cuidados Carnaval 2023 - Foto: Shutterstock

Após dois anos sem as festas oficiais de carnaval, a volta dos trios elétricos e blocos de rua promete momentos de risadas, sorrisos, paqueras e muitos beijos entre os foliões desconhecidos; entretanto, há um quesito que deve ser nota 10: os cuidados com a saúde.

Pensando nisso, a reportagem do Portal Costa Norte conversou com o cirurgião dentista e especialista em epidemiologia, Renan Cuel, sobre os principais problemas que podem atrapalhar a folia.

“É possível aproveitar o carnaval e outros momentos da vida de forma mais segura, mas é importante falar sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) em suas relações, seja namoro, casamento ou até algo casual. Procurar saber se a pessoa se previne, se realiza testes, se sabe sobre as possíveis infecções que existem. Ter um diálogo é muito importante” ressalta Renan.

Um simples beijo ou uma "pegação" mais calorosa entre desconhecidos podem ser prejudiciais à saúde. Cuel explica que as infecções causadas por vírus, bactérias e fungos afetam diversos sistemas do organismo. Isso inclui as ISTs, como herpes, sífilis, gonorreia e HPV; doenças respiratórias, como gripes (incluindo Covid) e resfriados; doenças que causam febre e também do trato digestivo. Há ainda a candidíase oral (o famoso "sapinho"), caxumba e catapora.

Não existe beijo 100% seguro, em especial entre desconhecidos. Logo, quanto mais bocas forem beijadas, maior a probabilidade. Mesmo que o afeto seja algo normal, alguns cuidados podem ajudar a minimizar os riscos para quaisquer doenças infectocontagiosas: evitar beijar pessoas com feridas na boca, não colocar as mãos sujas na boca, olhos e nariz, não compartilhar copos, garrafas, cigarros e toalhas, por exemplo. 

O especialista orienta ainda que todos devem buscar sempre a melhor opção que é a prevenção. “Procure realizar seus exames preventivos e de rotina; se houver suspeita de alguma IST procurar atendimento Médico e Odontológico”.

Procure o Centro de Testagem e Acolhimento (CTA) mais próximo de sua residência. Gratuito, o local oferece testagem rápida para o HIV, sífilis, Hepatite B e Hepatite C, profilaxia pós-exposição sexual (PEP), diagnóstico e tratamento das outras ISTs. O sigilo e o aconselhamento pré e pós-teste são garantidos. Não é necessário qualquer tipo de preparação prévia, como jejum.

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