Entenda o conceito do luto, o tempo de duração e como superá-lo
Se existe uma única coisa na vida sobre a qual todos temos certeza é a morte. É claro que ninguém quer perder quem se ama, mas a vida sempre encerra o seu ciclo. É natural que o cônjuge, parentes e amigos de quem se foi se sintam tristes e melancólicos. Mas não há mal que dure para sempre.
"Quando perdemos algo ou alguém que amamos, é natural que o luto apareça. Inclusive é necessário vivenciar o luto, para que a perda seja superada. O problema é quando o luto se estende por muito tempo e trava outras áreas da vida. Nestes casos, é preciso buscar ajuda profissional para alcançar a superação", diz.
Segundo a psicologa Sara Andreia Turcatto Elias, as pessoas encaram a morte ou a perda de um emprego e até objetos de forma distinta. Contudo, o "prazo" do luto, dura em média, de três meses a um ano.
LUTO POR MORTE
A morte, apesar de esperada, nunca é bem recebida. Ninguém quer perder uma pessoa que ama. O luto por morte costuma ser o mais doído, e dependo da relação que existia entre o entre falecido e quem está de luto, a sensação pode amenizar, mas em muitos casos, nunca é esquecida.
"No caso de mães e pais que perdem os filhos, por exemplo, a dor abranda, mas o ente que se foi sempre será lembrado, principalmente em datas comemorativas como o aniversário da pessoa, ou ocasiões em que toda a família se reúne, como o Natal. Sempre vai ficar a sensação de que está faltando alguém ali".
Com o passar do tempo, se o luto for bem vivenciado e entendido, ficarão as lembranças boas daquele ente que se foi.
LUTO POR EMPREGO
Há muitas pessoas que, quando perdem o emprego, se veem sem chão.
"Imagine uma pessoa que trabalha durante 20, 30 anos em uma empresa, e acaba sendo desligado... É uma relação tão longa, que se assemelha a um casamento. Além disso, é comum moldar hábitos da vida, como moradia, adequar a rotina da casa, dos filhos. Quando a pessoa se vê desemprega, tem até a sensação de que perdeu a identidade".
LUTO POR SEPARAÇÃO
Na separação de casais, costuma haver frustação: os dois indivíduos fizeram planos juntos, construíram uma vida conjunta. Quando se separam, há um misto de sentimentos, como raiva do par, frustração por "não ter conseguido fazer o relacionamento dar certo", entre outros.
"Nestes casos, é preciso entender que os indivíduos têm desejos e aspirações independentes e diferentes. Nem sempre o término significa falta de amor, mas que ambos decidiram seguir caminhos diferentes".
Em qualquer vivência de luto, o indivíduo deve viver e entender as emoções.
"Quando o ser humano perde algo, tem a tendência de procurar explicações (por que isso aconteceu comigo?), culpados (perdi o emprego por causa do gerente novo!), ou sentir culpa (eu deveria ter dedicado mais tempo para a pessoa que faleceu!)".
Em todos os casos, a psicóloga recomenda dar um tempo a si mesmo para internalizar tudo que aconteceu e buscar uma rede de apoio para encarar os momentos tristes, além de não ignorar a dor.
"Passe um tempo na companhia de amigos e familiares. Jamais se isole! Fazer exercícios físicos, manter-se saudável e buscar atividades e hobbies prazerosos também são boas opções para superar o processo de luto".
Comentários