Assintomáticos são o alvo da ação, que terá próxima etapa entre os dias 13 e 15 deste mês., primeira fase de testes, cujos resultados saem em 15 minutos, ocorreu em 13 bairros
Da Redação
Publicado em 05/05/2020, às 10h12 - Atualizado em 23/08/2020, às 22h50
De um total de 426 testes aleatórios aplicados para a Covid-19 em Guarujá no último final de semana, sete deram positivo para a doença. Isso representa um universo de 1,64% dos indivíduos testados na ação, voltada a pessoas que não desenvolveram qualquer sintoma da doença.
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Chamada de Epidemiologia da Covid-19 na Baixada Santista (Epicobs), a pesquisa promoverá uma avaliação total de 2.478 pessoas na Região. A expectativa é que, em um período de dois meses, 10 mil pessoas sejam testadas na Baixada, sendo 1.704 só em Guarujá, onde as coletas aconteceram entre as últimas sexta, 1, e domingo, 3.
Entre os indivíduos que se mostraram contaminados pelo novo coronavírus em Guarujá, há quatro homens e três mulheres, na faixa de 4 a 56 anos de idade, dos bairros Cachoeira, Pae Cará, Parque Estuário, Vila Ligya, Jardim Boa Esperança e Santa Rosa.
A ação visa desenvolver um mapeamento do percentual de indivíduos que já tiveram contato com o novo coronavírus em toda a Baixada Santista. Em Guarujá, ela se desenvolveu em 13 bairros e terá, ainda, mais três fases, sendo que a próxima ocorrerá entre 13 a 15 de maio. As demais acontecerão de 27 a 29 deste mês e de 10 a 12 de junho.
A compra dos equipamentos para os exames foi financiada pelo Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb). A realização é da Fundação Parque Tecnológico de Santos e reúne mais de 40 pesquisadores de todas as universidades da região.
Como é
O município fica responsável pela coleta de dados e, conforme o diretor de Vigilância em Saúde de Guarujá, Marco Antônio Chagas da Conceição, a pesquisa vai reverter em dados epidemiológicos importantes para o enfrentamento à pandemia.
“Se perdurar a partir de junho, a gente terá subsídios para combater a Covid-19 de forma mais eficaz. Com a pesquisa, vamos saber qual é o público-alvo da doença e quão importante são os assintomáticos nessa cadeia, pois transmitem o vírus e não ficam doentes”, explica.
O diretor destaca a união dos municípios em prol da pesquisa, realizada com total aval da comunidade acadêmica da Região. “As cidades, via Condesb, entendem que a pesquisa é fundamental para demonstrar a suscetibilidade da Baixada frente ao novo coronavírus”, afirma.
Ele salienta, ainda, que este exame é diferente do que é realizado na fase sintomática e quando a pessoa procura uma unidade de saúde, onde o que é colhido é a secreção das mucosas oral e nasal, visando identificar se há presença do vírus no presente momento.
A Epicobs abrangerá munícipes de todos os bairros, escolhidos aleatoriamente, por meio de sistema informatizado. Eles recebem em casa a visita dos agentes comunitários de saúde e profissionais de enfermagem. Devidamente treinados, esses profissionais chegam em um veículo da Prefeitura, com equipamentos de proteção individual (máscara, óculos e avental) e identificados por crachá.
O exame é realizado mediante autorização da pessoa, que recebe um termo contendo todas as informações do estudo e um telefone para tirar dúvidas. O procedimento consiste na realização de um pequeno furo na polpa de um dos dedos para extrair o sangue, por meio de uma lanceta descartável.
Em seguida, a amostra é colocada no teste, que após 15 minutos emite o resultado. Se aparecer uma barra horizontal ao lado da letra “T”, significa que ela já teve contato com o vírus e já desenvolveu anticorpos para ele.Ao término, os munícipes respondem a um questionário de informações socioeconômicas e pessoais como sexo, idade, profissão. Tudo é consolidado em um banco de dados e levado em conta nas decisões tomadas pela Administração Municipal em relação ao enfrentamento da pandemia.
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