NOVA DECISÃO

Witzel: compra errada de respiradores o fez romper contrato com Iabas

De acordo com o governador, 500 aparelhos que a organização está comprando 'não são respiradores'

Da Redação
Publicado em 03/06/2020, às 14h45 - Atualizado em 23/08/2020, às 23h17

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© Divulgação/Governo do Rio de Janeiro
© Divulgação/Governo do Rio de Janeiro
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O governador do Rio, Wilson Witzel, alegou a compra errada de respiradores para pacientes de covid-19 para romper o contrato com organização social Iabas - Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde, responsável pela construção de sete hospitais de campanha.

Em vídeo publicado na internet nesta quarta-feira, 3, Witzel sustentou que sua decisão de romper o contrato e intervir nos hospitais foi tomada após a informação de que os 500 aparelhos que a organização está comprando não são respiradores, mas carrinhos de anestesia, que não podem ser utilizados nas unidades de saúde.

"Não podemos continuar com erros, eles precisam ser corrigidos. A Fundação Estadual de Saúde assume [os hospitais] para concluir as obras, operar o sistema e deixar um legado. Esses hospitais de campanha serão muito importantes para a reabertura da economia, para gerar empregos e, principalmente, para ajudar no futuro com cirurgias eletivas", disse o governador.

O Iabas se manifestou, em nota, dizendo que a Secretaria de Estado de Saúde (SES) tinha conhecimento das aquisições contratadas, inclusive dos respiradores acoplados a carrinhos de anestesia. Segundo a entidade, o equipamento é recomendado pela Associação Médica Brasileira como alternativa para tratar pacientes de covid-19, diante da escassez de respiradores no mercado mundial.

"O Iabas informa que, desde o início das negociações para compra dos carrinhos de anestesia em substituição aos respiradores, a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro sempre esteve informada. É consenso internacional a utilização de carrinhos de anestesia como ventiladores, principalmente no momento atual, em que sistemas de saúde do mundo inteiro estão em busca desses equipamentos, o que leva à escassez do produto", afirmou a empresa.

Medidas judiciais

Diante do rompimento de contrato e a retomada pelo governo estadual de sete hospitais, o Iabas disse que tomará medidas judiciais para assegurar os seus direitos: "Diante do decreto de intervenção, cabe ao Iabas, em primeiro lugar, colaborar na transferência dos hospitais para o novo gestor, para, na sequência, tomar as medidas judiciais necessárias para assegurar os direitos de nossa instituição."

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Saúde

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