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Caso Thalia: Delegado indicia agressor

Vítima tentou 'retirar queixa' na quarta-feira, 16, mas a ação penal não depende de sua vontade

Marina Aguiar
Publicado em 18/01/2019, às 14h37 - Atualizado em 23/08/2020, às 18h19

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Thalia Gonçalves foi agredida na saída de uma casa noturna - Arquivo pessoal
Thalia Gonçalves foi agredida na saída de uma casa noturna - Arquivo pessoal

Vítima de agressões físicas e, de um suposto estupro de vulnerável (crime investigado pela delegacia de polícia de Bertioga), Thalia Gonçalves de Oliveira, 21 anos, tentou retirar a 'queixa' contra o marido Paulo Roberto Sabino Barbosa, 29 anos. No entanto, o delegado titular de Bertioga, Wanderley Mange, explicou que não é possível retirar a 'queixa' pois trata-se de um crime no qual a ação penal é incondicional, ou seja, não depende de representação por parte da vítima. O rapaz foi indiciado por lesão corporal dolosa agravada pela Lei Maria da Penha e por estupro de vulnerável.

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As agressões, que se iniciaram em uma casa noturna na Riviera de São Lourenço e terminaram em casa, na madrugada do dia 6 de janeiro,   . Na época, Thalia contou que foi agredida por ciúmes. "Levei vários socos e chutes na cabeça, rosto e corpo, estou toda machucada, não é só a dor física, mas a psicológica".

A jovem disse que foi agredida ao sair da 'balada' e dentro do carro do casal após ser vista conversando com um homem. Ao passar pelo exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) de Santos, a jovem constatou mais agressões. "Eu estava inconsciente e ele teve relações sexuais comigo, urinou em mim e chutou minhas partes íntimas. No IML, descobri vários hematomas, inclusive no pescoço. Ele tentou me matar!".

A jovem fez um boletim de ocorrência (BO), exame de corpo delito e desabafou no Facebook. No entanto, dez dias após o crime, na quarta-feira, 16, o suspeito foi ouvido pelo delegado e a esposa tentou retirar a queixa, mas o pedido foi negado. Recentemente, ela também publicou um texto no Facebook no qual afirmou arrepender-se de ter divulgado a história e 'prejudicado' o companheiro. Pouco depois depois excluiu o seu perfil das redes sociais.

O delegado Wanderley Mange afirmou que o suspeito negou o crime: "Ele diz que não fez nada. Ela pediu a retirada da queixa, mas já temos o boletim de ocorrência, laudo do IML e o caso é uma ação pena incondicional, não depende da representação da vítima. Ele foi indiciado por lesão corporal dolosa agravada pela Lei Maria da Penha e por estupro de vulnerável. Instauramos o inquérito e será enviado para o Ministério Público. Eles vão dar andamento ao caso".

O que diz o indiciado

Após contato telefônico, Paulo disse à redação do Sistema Costa Norte de Comunicação que concederia uma entrevista para falar sobre o caso, mas na tarde desta sexta-feira, 18, optou por não se pronunciar.

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