Vítima tentou 'retirar queixa' na quarta-feira, 16, mas a ação penal não depende de sua vontade
Vítima de agressões físicas e, de um suposto estupro de vulnerável (crime investigado pela delegacia de polícia de Bertioga), Thalia Gonçalves de Oliveira, 21 anos, tentou retirar a 'queixa' contra o marido Paulo Roberto Sabino Barbosa, 29 anos. No entanto, o delegado titular de Bertioga, Wanderley Mange, explicou que não é possível retirar a 'queixa' pois trata-se de um crime no qual a ação penal é incondicional, ou seja, não depende de representação por parte da vítima. O rapaz foi indiciado por lesão corporal dolosa agravada pela Lei Maria da Penha e por estupro de vulnerável.
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As agressões, que se iniciaram em uma casa noturna na Riviera de São Lourenço e terminaram em casa, na madrugada do dia 6 de janeiro, . Na época, Thalia contou que foi agredida por ciúmes. "Levei vários socos e chutes na cabeça, rosto e corpo, estou toda machucada, não é só a dor física, mas a psicológica".
A jovem disse que foi agredida ao sair da 'balada' e dentro do carro do casal após ser vista conversando com um homem. Ao passar pelo exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) de Santos, a jovem constatou mais agressões. "Eu estava inconsciente e ele teve relações sexuais comigo, urinou em mim e chutou minhas partes íntimas. No IML, descobri vários hematomas, inclusive no pescoço. Ele tentou me matar!".
A jovem fez um boletim de ocorrência (BO), exame de corpo delito e desabafou no Facebook. No entanto, dez dias após o crime, na quarta-feira, 16, o suspeito foi ouvido pelo delegado e a esposa tentou retirar a queixa, mas o pedido foi negado. Recentemente, ela também publicou um texto no Facebook no qual afirmou arrepender-se de ter divulgado a história e 'prejudicado' o companheiro. Pouco depois depois excluiu o seu perfil das redes sociais.
O delegado Wanderley Mange afirmou que o suspeito negou o crime: "Ele diz que não fez nada. Ela pediu a retirada da queixa, mas já temos o boletim de ocorrência, laudo do IML e o caso é uma ação pena incondicional, não depende da representação da vítima. Ele foi indiciado por lesão corporal dolosa agravada pela Lei Maria da Penha e por estupro de vulnerável. Instauramos o inquérito e será enviado para o Ministério Público. Eles vão dar andamento ao caso".
O que diz o indiciado
Após contato telefônico, Paulo disse à redação do Sistema Costa Norte de Comunicação que concederia uma entrevista para falar sobre o caso, mas na tarde desta sexta-feira, 18, optou por não se pronunciar.
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