EMPREGABILIDADE

Sócia de empresa internacional critica falta de mulheres negras em cargos de liderança

Sócia da empresa Odgers Berndtson participou do Programa Opinião 2.0, transmitido pela TV Cultura Litoral

Da redação
Publicado em 26/07/2022, às 13h58 - Atualizado às 14h42

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Sócia da empresa Odgers Berndtson participou do Programa Opinião 2.0, transmitido pela TV Cultura Litoral - Divulgação
Sócia da empresa Odgers Berndtson participou do Programa Opinião 2.0, transmitido pela TV Cultura Litoral - Divulgação

Rafaela Cardoso, sócia da empresa Odgers Berndtson, participou do Programa Opinião 2.0, transmitido pela TV Cultura Litoral, nesta segunda-feira (25). Entre os diversos assuntos abordados, Rafaela foi indagada pelo apresentador, Paulo Schiff, referente a empregabilidade da mulher negra no mercado atual.

“Primeiro lugar é falar sobre equidade de gênero. Há pesquisas que indicam a falta de mulher em cargo de liderança e, quando a mulher é negra, é zero, nulo. Mais fácil de lidar com números do que com achismos! A boa notícia é que as empresas estão mais atentas a olhar esses números”, comentou Rafaela.

Dados

O Brasil é o país com maior concentração de população negra fora da África, totalizando 55,8%, já as mulheres negras, compõem 28% da população brasileira, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Juntos, negros e negras representam 54,9% da força de trabalho do Brasil e 57,7 milhões de pessoas.

Quando se trata de espaço no mercado de trabalho, as mulheres passam por desafios duplos, como o machismo e racismo estrutural. Uma pesquisa feita pelo FGV (Fundação Getúlio Vargas), usando a base de dados do IBGE, indica que entre janeiro e março de 2022, das quase 49 milhões de mulheres negras em idade para trabalhar, apenas metade estava inserida no mercado de trabalho (51,2%).

Outro desafio é o trabalho formal, o estudo aponta que 43% das mulheres pretas e pardas realizam trabalhos informais; uma taxa superior à média nacional.

Mudanças  

A sócia da Odgers Berndtson prevê melhoria e adaptação do mercado para atenuar o problema. “As empresas estão sim olhando pra isso, recomendo que procurem vagas afirmativas e, pasmem, existe dificuldade de encontrar pessoas que se encaixem”.

Assista a entrevista

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