Dados são resultados da primeira etapa do teste realizado nas nove cidades da região
A Baixada Santista tem baixa incidência de covid-19: apenas 1,41% da população foi infectada pelo coronavírus, segundo pesquisa iniciada na última semana, o que representa 23.257 pessoas. Em Santos, a proporção é de 1,43% (ou seja, 5.957 habitantes que já tiveram a doença).
Os resultados da primeira etapa do estudo epidemiológico para mapear o vírus em toda a região foram divulgados nesta segunda-feira, 4, levando à conclusão de que, neste momento, não é possível flexibilizar o isolamento social e que o uso de máscaras por toda a população é importante para conter o avanço da doença. O pico da covid-19, estimado pelo Ministério da Saúde, será na primeira semana de junho.
A pesquisa regional denominada Epidemiologia da covid-19 na Região Metropolitana da Baixada Santista (Epicobs), foi realizada pela Fundação Parque Tecnológico, a pedido do Conselho de Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista (Condesb).
O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, afirmou que as cidades buscaram respostas com base em dados científicos, que mostram que a população é extremamente vulnerável ao coronavírus. "Estamos falando de 1,43% das pessoas infectadas. A gente percebe que as medidas adotadas até agora foram as mais acertadas e imprescindíveis. Se fosse diferente, estaríamos numa situação muito pior. Neste momento, devemos seguir com a estratégia que já adotamos, preservando vidas. Não é hora de flexibilizar medidas, abrir, liberar”, destacou o prefeito.
Os dados, somados às análises de curvas epidemiológicas do Ministério da Saúde apontando para um pico de casos de covid-19 na primeira semana de junho, reforçam, segundo Paulo Alexandre, que é fundamental manter o isolamento social. “Nosso sistema está preparado, temos leitos disponíveis, e queremos continuar assim, para que ninguém venha a óbito por falta de leitos”.
A Baixada Santista é a quarta região no mundo a realizar pesquisa científica com o objetivo de mapear o coronavírus. Países como Áustria e Islândia e o estado do Rio Grande do Sul já fizeram estudos semelhantes entre os meses de março e abril.
Texto escrito por: Redação
"Eu discordo da posição do prefeito de Santos. Por que ela não é baseada em estudos. Fazendo comparação com o estado do Rio Grande do Sul. Lá por ser uma região mais fria, era esperado que tivesse um maior número de casos do coronavírus, e não é isso que está acontecendo. Em todo o estado do Rio Grande do Sul tem menos casos do que tem na Baixada Santista. A posição do prefeito de Santos está equivocado", comentário feito pelo apresentador do Jornal da Praia, Enio Xavier.
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