Carro de Renato Borelli, juiz que prendeu ex-ministro do MEC, foi atingido por fezes e evento pró-Lula foi atacado por oposição
Esta quinta-feira (7) foi marcada por duas situações parecidas envolvendo um personagem do cenário político, Lula, e outro do judicial, Renato Borelli. Em ambos os cenários as vítimas foram atacadas com fezes.
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Na região central do Rio de Janeiro ocorria uma manifestação a favor do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando um suspeito jogou um artefato no meio da multidão. O material explodiu e espalhou um odor desagradável pelo ambiente. Mais tarde foi constatado pela Polícia Militar (PM) que o objeto se tratava de uma garrafa de plástico de 2 litros cheia de fezes.
O artefato foi arremessado pelo indivíduo por cima do tapume, que media 2,5 metros de altura, que cercava o perímetro onde a manifestação foi realizada. O suspeito foi capturado pelas autoridades. Apesar do susto ninguém ficou ferido.
De acordo com a assessoria de imprensa do líder do Partido dos Trabalhadores (PT), além do objeto cheio de fezes chegaram a “estourar dois fogos de artifício, causando barulho, jogados de fora para dentro da área do ato”. Lula ainda não estava no local no momento em que a bomba explodiu.
Gleide Andrade, ex-secretária de Finanças do PT de Minas Gerais e atual membro da Comissão Executiva Nacional do PT, foi às redes sociais condenar o ato e cobrar respeito à democracia:
Outro caso em Brasília
Em Brasília, ainda na tarde de ontem (7), o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara do Distrito Federal, teve o seu veículo atacado por fezes de animais, ovos e terra. O magistrado foi o responsável, no final de junho, pelo mandado de prisão preventiva do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, responsável pelo Ministério da Educação (MEC) no governo Jair Bolsonaro até março desse ano.
Os materiais foram atirados contra o veículo do juiz enquanto ele ainda estava dirigindo. Borelli conseguiu controlar o carro e não se feriu. Ele comunicou o caso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF) no mesmo dia.
Dias após a prisão preventiva de Ribeiro, a Assessoria de Imprensa da Justiça Federal em Brasília revelou que o magistrado estava sofrendo ameaças constantes à sua vida. A assessoria ainda afirmou que os ataques viriam de “grupos de apoio” do ex-ministro.
Repúdio à intolerância
Durante a edição do Jornal da Praia desta sexta-feira (8), os integrantes da bancada Enio Xavier e Amanda Oliver condenaram as ações realizadas contra o ex-presidente Lula e o juiz Renato Borelli.
“Apesar de sabermos que Borelli é um juiz ativista agindo contra o governo Bolsonaro, mas jogar fezes no carro dele é um absurdo. Jamais se pode fazer isso”, declarou o âncora do programa, Enio Xavier, ele continua: “Se você não concorda com ele você tem que questionar e não agredir”.
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A jornalista Amanda Oliver também destacou as consequências que esses ataques podem gerar para as ideologias defendidas pelos agressores: “Essa ausência de ética por parte de algumas pessoas pode manchar todo um movimento. Podem acabar manchando a imagem de um candidato agindo dessa forma em nome dele”.
“É necessário respeito ao próximo independente da posição política e ideológica da pessoa”, reafirmou Amanda.
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