Assassinato de 'Meia Folha' aconteceu em Guarujá e pode estar ligado a um 'racha' na alta cúpula da facção Primeiro Comando da Capital, o PCC
Cristiano Lopes da Costa, o "Meia Folha", apontado pela Polícia Civil (PC) como líder do tráfico na Baixada Santista, foi assassinado com vários tiros, em frente a uma lanchonete, em Guarujá, no litoral de São Paulo. O crime aconteceu na noite de terça-feira (12) e pode estar ligado a uma guerra interna no Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo informações da PC à imprensa, testemunhas relataram que o autor dos disparos se aproximou da lanchonete em uma moto e atirou contra Meia Folha, que morreu no local. O ex-vereador da cidade, Geraldo Soares Galvão, de 61 anos, estava na lanchonete no momento do crime e também foi atingido pelos disparos. Ele está internado na Unidade de Emergência do Hospital Guarujá. Galvão foi vereador na cidade pelo antigo DEM (atual União Brasil).
Autoridades acreditam que a morte de Meia Folha pode estar ligada a um racha na cúpula do PCC. O conflito opõe o suposto líder da facção, Marcola, a três antigos aliados: Tiriça, Andinho e Vida Loka. Meia Folha seria aliado de Marcola, enquanto André do Rap, com quem ele tinha negócios, estaria próximo de Tiriça. A guerra interna do PCC já causou diversos assassinatos em São Paulo, nos últimos meses.
A Polícia Civil investiga o caso e ainda não identificou o autor dos disparos que mataram Meia Folha. Imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas, para tentar identificar o atirador. O Portal Costa Norte não localizou os representantes legais dos criminosos citados pela reportagem.
A morte de Meia Folha gerou terror na Baixada Santista. Moradores relatam um suposto "toque de recolher" na região, com comércios fechando mais cedo, e o associam à suspensão do transporte público em diversos bairros, devido a guerra da facção. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ainda não se pronunciou sobre o caso.
Paralelamente a isso, o cerco ao tráfico de drogas, na Baixada Santista, ocorre desde o início do ano, por meio da Operação Verão, e já prendeu mais de 891 criminosos, dos quais 344 procurados; apreendeu 635 quilos de droga, além de 90 armas e fuzis retirados das ruas. A operação já soma 43 mortes de suspeitos, em confronto.
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— Polícia Civil de SP (@Policia_Civil) March 7, 2024