CRIMINALIDADE

Guerra interna em facção deixa líder do tráfico morto no litoral de SP

Assassinato de 'Meia Folha' aconteceu em Guarujá e pode estar ligado a um 'racha' na alta cúpula da facção Primeiro Comando da Capital, o PCC

Redação
Publicado em 13/03/2024, às 16h40 - Atualizado às 17h48

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Cristiano Lopes era conhecido como "Meia Folha" e apontado como líder do tráfico na Baixada Santista - Reprodução
Cristiano Lopes era conhecido como "Meia Folha" e apontado como líder do tráfico na Baixada Santista - Reprodução

Cristiano Lopes da Costa, o "Meia Folha", apontado pela Polícia Civil (PC) como líder do tráfico na Baixada Santista, foi assassinado com vários tiros, em frente a uma lanchonete, em Guarujá, no litoral de São Paulo. O crime aconteceu na noite de terça-feira (12) e pode estar ligado a uma guerra interna no Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo informações da PC à imprensa, testemunhas relataram que o autor dos disparos se aproximou da lanchonete em uma moto e atirou contra Meia Folha, que morreu no local. O ex-vereador da cidade, Geraldo Soares Galvão, de 61 anos, estava na lanchonete no momento do crime e também foi atingido pelos disparos. Ele está internado na Unidade de Emergência do Hospital Guarujá. Galvão foi vereador na cidade pelo antigo DEM (atual União Brasil).

Guerra interna no PCC

Autoridades acreditam que a morte de Meia Folha pode estar ligada a um racha na cúpula do PCC. O conflito opõe o suposto líder da facção, Marcola, a três antigos aliados: Tiriça, Andinho e Vida Loka. Meia Folha seria aliado de Marcola, enquanto André do Rap, com quem ele tinha negócios, estaria próximo de Tiriça. A guerra interna do PCC já causou diversos assassinatos em São Paulo, nos últimos meses.

A Polícia Civil investiga o caso e ainda não identificou o autor dos disparos que mataram  Meia Folha. Imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas, para tentar identificar o atirador. O Portal Costa Norte não localizou os representantes legais dos criminosos citados pela reportagem.

Suposto toque de recolher

A morte de Meia Folha gerou terror na Baixada Santista. Moradores relatam um suposto "toque de recolher" na região, com comércios fechando mais cedo, e o associam à suspensão do transporte público em diversos bairros, devido a guerra da facção. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação Verão

Paralelamente a isso, o cerco ao tráfico de drogas, na Baixada Santista, ocorre desde o início do ano, por meio da Operação Verão, e já prendeu mais de 891 criminosos, dos quais 344 procurados; apreendeu 635 quilos de droga, além de 90 armas e fuzis retirados das ruas. A operação já soma 43 mortes de suspeitos, em confronto.

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