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Internautas ignoram a Justiça e indicam a volta do maior baile funk ao ar livre no litoral

Movimento nas redes sociais demonstra presença de moradores até de outras cidade, que se preparam para fazer o Baile da Plataforma, em Mongaguá

Redação
Publicado em 30/12/2023, às 12h44 - Atualizado às 13h24

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Antigos organizadores chegaram a cancelar o evento clandestino, que promete ser realizado de novo - Reprodução/ Baile da Plataforma/ Mongaguá News
Antigos organizadores chegaram a cancelar o evento clandestino, que promete ser realizado de novo - Reprodução/ Baile da Plataforma/ Mongaguá News

Mesmo com o anúncio do encerramento das atividades, por “problemas com a Justiça”, internautas já prenunciam o retorno do Baile da Plataforma, tido como um dos maiores bailes funk ao ar livre do litoral paulista, realizado há mais de 15 anos, na cidade de Mongaguá. 

Em julho desse ano, os organizadores publicaram uma postagem nas redes sociais, na qual afirmam que o Baile da Plataforma chegava ao fim por “problemas com a Justiça”, e cancelaram o evento por tempo indeterminado. Para preocupação de moradores e comerciantes, o movimento nas redes sociais indica que esse “fim” não chegou.

Nos stories compartilhados, em um dos vários perfis do baile no Instagram, estão dezenas de pessoas que afirmam e demonstram estar à caminho da cidade, para participar do evento clandestino. Além disso, as postagens no feed mostram vídeos, indicando a realização no Ano Novo;  um deles vem com a seguinte legenda: “Segui a gebte [sic] pra fortalecer o movimento. Quem se identifica? Compartilha. Não vou dizer nada mas haverá sinais!”. Nos comentários da mesma postagem, alguns usuários disseram: “Quem faz o baile é noiss [sic]”, “calada para vencer” e até “preciso de alguém pra ir”. 

Em outra postagem, um dos seguidores chega a duvidar da efetividade de qualquer ação para impedir a algazarra: “Geral falando que n vai ter quero ver os policiais breca, se no outro foi 200mil pessoas magina esse kkkk vão bora prr”. Outro chegou a afirmar que iria ao Baile de Peruíbe, devido à criminalidade no de Mongaguá: “Antigamente o baile da Plataforma era uns dos melhores… mais [sic] infelizmente por causas [sic] de uns “Ratos” que só vão pra Roubar os Outros.. fazer arrastão… Deixei de ir por causa disso… Baile bom é o de Peruíbe”. 

Moradores amedrontados

A página SOS Mongaguá publicou uma postagem de moradores, que residem próximo à praia Agenor de Campos, que dizem temer o evento porque a “máfia do baile do fim do ano” os tornam “reféns”, com “roubos, assassinatos, sexo ao ar livre, consumo excessivo de todos os tipos de drogas e tráfico, menores bebendo até entrar em coma alcoólico”. O texto afirma também que os participantes “invadem residências, puxam fios de iluminação, fazem suas necessidades fisiológicas em nossa porta. Moradores não conseguem sair de suas residências nem entrar. Não temos acesso a uma ambulância se precisarmos. Mais um ano e nos perguntamos: quem ganha com isso?”.

No final, eles apelam por ajuda e marcam, na postagem, o governador do estado Tarcísio de Freitas e o secretário de Segurança de São Paul Guilherme Derrite. 

Anos anteriores

Há anos, as autoridades tentam impedir a realização do baile que, apesar de não contar com dados oficiais, estima ter reunido milhares de pessoas na área. A prefeitura de Mongaguá chegou a bloquear o trânsito nas imediações, para tentar impedir o fluxo, inclusive com a instalação de tubos de concreto. As denúncias envolvendo furtos, roubos, brigas e outras irregularidades também demandou a presença da Polícia Militar e Guarda Civil Municipal de Mongaguá, na tentativa de impedir a balbúrdia. 

No anúncio do cancelamento do baile funk clandestino, em julho desse ano, os antigos organizadores também afirmaram que, se o evento continuasse por meio de seus participantes, eles não tinham a menor intenção de organizar ou divulgar a presença de DJs e sequer a montagem, os chamados paredões, formada por caixas de som sobrepostas, que fazem o volume atingir níveis extremamente altos.

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