Medida, válida por 180 dias, possibilita medidas como a contratação de pessoal e até a entrada em imóveis públicos e particulares abandonados
Redação
Publicado em 09/03/2024, às 12h05 - Atualizado às 13h26
A prefeitura de Praia Grande decretou situação de emergência em saúde pública para a dengue, na sexta-feira (8), assim como Bertioga e Ubatuba. A medida , válida por 180 dias, fortalece e amplia os esforços de prevenção e combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Por meio do decreto, a prefeitura pode adotar as medidas administrativas necessárias para uma resposta imediata, para enfrentar as arboviroses urbanas. Entre elas estão: a contratação temporária de pessoal, se necessário; solicitação de pessoal e equipamentos de outras secretarias para desenvolver ações em conjunto; realização de visitas a todos os imóveis públicos e particulares; ingresso forçado em imóveis públicos e particulares, no caso de situação de abandono, ausência ou recusa de pessoa em permitir acesso de agente público identificado, entre outras.
A prefeita Raquel Chini explica: "Nós adotamos essa medida para envolver mais atores e unir forças para seguirmos fortalecendo o combate à dengue em nosso município. Mas a população não precisa ficar preocupada, pois Praia Grande tem uma estrutura de saúde de qualidade e equipe capacitada para atender a população e fazer as ações de prevenção necessárias”.
Durante todo o ano, os agentes de combate às endemias percorrem os bairros e visitam as residências, para a realização de bloqueio de criadouros, além de orientar a população para evitar o surgimento de locais propícios para a criação de larvas do vetor das doenças. Somente nos dois primeiros meses de 2024, mais de 18 mil imóveis foram vistoriados. O resultado dessas ações propiciou a eliminação de 6,3 mil focos de dengue.
Nos dias 1º e 2 de março, que marcaram o Dia D de Mobilização Estadual e a campanha do Ministério da Saúde, Dia D – Brasil unido contra a dengue, foram vistoriados cerca de 3 mil imóveis nos bairros Antártica e Sítio do Campo.
Também há visitas em obras e pontos estratégicos, casos de cemitério, desmanche de veículos, borracharias e locais de reciclagem de material. O trabalho de nebulização em áreas de casos confirmados continua a ser promovido pela prefeitura, conforme os critérios preconizados pelo Ministério da Saúde.
Ainda fazem parte das atividades as campanhas educativas nas unidades de saúde e nas escolas municipais, por meio do setor de Informação, Educação e Comunicação (IEC), da Divisão de Saúde Ambiental.
A prefeitura de Praia Grande continua a usar as armadilhas ovitrampas, criadas para capturar o mosquito Aedes Aegypti. Instaladas em lugares de maior risco, as armadilhas são monitoradas e indicam os tipos de mosquito que vivem naquele local, para ampliar as possibilidades de vigilância e ação.
Reuniões e treinamentos ocorrem para qualificar o atendimento dos casos suspeitos de dengue, chikungunya e zika. Na segunda-feira (4), mais de 260 profissionais de saúde, da rede pública e privada, participaram de uma capacitação sobre o manejo clínico, para aprimorar o atendimento e condução dos casos suspeitos e positivos, além da apresentação dos dados epidemiológicos e divulgação das ações de prevenção para a redução de criadouros.
A prefeitura também pede a colaboração da população na guerra contra o mosquito Aedes Aegypti. Vasilhames, garrafas, pneus descobertos e os famosos pratos de vasos de plantas ainda são os grandes vilões, pois acumulam água parada, criadouro perfeito para o mosquito transmissor. Medidas simples dentro das residências como telar ralos, limpar calhas periodicamente e colocar areia nos pratos de plantas fazem grande diferença na luta contra a proliferação do mosquito vetor das doenças.
Quem tem piscina em casa, é recomendável o tratamento com cloro, regularmente. Outra dica é deixar garrafas e potes virados com a boca para baixo e descartar os pneus velhos e outros itens que acumulem água, em um dos ecopontos do município. Os endereços podem ser consultados na Carta de Serviços, disponível no site (www.praiagrande.sp.gov.br).
O munícipe que queira fazer uma denúncia sobre focos de dengue, deve entrar em contato com a ouvidoria SUS (telefones 0800 773 3020/3472 9764, e-mail: [email protected] e presencialmente, na rua João de Souza, s/n°, Mirim, segunda à sexta-feira, das 9h às 16h), para que a equipe de Saúde Ambiental seja acionada e faça vistoria no local. As equipes do setor soltam peixes da espécie lebiste, conhecido como barrigudinho, em grandes locais com água parada. Esse peixe come as larvas e ovos do Aedes Aegypti e de outros mosquitos.
Caso apresente sintomas como febre alta, dores pelo corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo, procure a Usafa.
