RECLASSIFICAÇÃO HOJE

Com níveis alarmantes de covid, SP e Baixada Santista entrarão na fase vermelha aos finais de semana

Governo estadual deve estipular na tarde desta sexta-feira, 22, reclassificação sem precedentes, em que Baixada Santista e todo estado terão também fase vermelha todos os dias após às 20h; população sob fase amarela deve cair e sob fase laranja, mais dura, deve subir

Da redação
Publicado em 22/01/2021, às 09h26 - Atualizado às 11h02

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Mapa do estado com fase em que cada região se encontra atualmente, região que concentra metade da população do estado está na fase amarela, panorama que pode mudar nesta sexta-feira, 22. - Foto: Reprodução / Governo estadual
Mapa do estado com fase em que cada região se encontra atualmente, região que concentra metade da população do estado está na fase amarela, panorama que pode mudar nesta sexta-feira, 22. - Foto: Reprodução / Governo estadual

A terceira reclassificação em 15 dias, segunda extraordinária, que ocorre na tarde desta sexta-feira, 22, deve endurecer as restrições no estado de São Paulo, como forma de conter o avanço da covid-19.

A partir da reclassificação de hoje, as cidades paulistas vão entrar na fase vermelha durante todos os dias da semana depois das 20h e também durante os finais de semana (veja as normas de cada fase ao final desta matéria). 

Exceto pela fase vermelha temporária no período festivo de 2020, o lockdown aos finais de semana e à noite é medida sem precedentes na história do Plano São Paulo que começou em junho de 2020. A fase vermelha de fim de ano foi desobedecida pelas prefeituras da Baixada Santista, o que gerou uma crise política com o governo estadual.

Além do lockdown, ao menos parte das regiões que está na fase amarela deve ser rebaixada para a fase vermelha. Atualmente, 67% do estado está na fase amarela e 31% na fase laranja, mais restritiva. Esse número deve se inverter, com aumento da população que está na fase laranja.

Mapa do estado com fase em que cada região se encontra atualmente, região que concentra metade da população do estado está na fase amarela, panorama que pode mudar nesta sexta-feira, 22. (Foto: Reprodução / Governo estadual)

O governo estadual tenta conter a pior semana epidemiológica da história. Nas primeiras três semanas deste ano, de 1º de janeiro até está quinta-feira, 21, os casos aumentaram 42% em comparação com o mesmo período de dezembro. O número de mortes aumentou 39% no mesmo período. 

O estado de São Paulo registra atualmente 1,66 milhão de casos e 50,6 mil mortes desde o início da pandemia. A taxa de letalidade estadual, atualmente em 3%, supera a do Brasil, que está em 2,5%, e a do mundo, no patamar de 2,1%.  

Segundo os últimos dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do governo de SP, a taxa de ocupação de UTIs covid do estado ultrapassou a temida marca de 70%, chegando à  71,1% na quinta-feira, 21. Ou seja, de cada mil leitos de UTI covid no estado, 711 estão ocupados. Há registros de cidades estaduais que não possuem mais leitos de UTI. Especialistas também projetam que a pico do aumento ainda não chegou, o que deve ocorrer no início de fevereiro. 

Apesar de a porcentagem de ocupação de leitos estar mais baixa na Baixada Santista (atualmente na fase amarela) do que na região metropolitana da Capital, a região litorânea também apresenta preocupante tendência de alta. A taxa de ocupação dos leitos, atualmente em 45,73%,  aumenta na região há seis dias seguidos, desde o dia 15 de janeiro. 

Fase Vermelha

A fase vermelha é a mais restritiva do plano São Paulo. Nela, bares, restaurantes, shopping centers e comércio não essenciais são proibidos de funcionar. Será esse o panorama do estado após as 20h e aos finais de semana se o recrudescimento se confirmar. 

Fase laranja (novas regras estipuladas em 8 de janeiro)

Ampliação das atividades permitidas para todos os setores;

Capacidade limitada de 40% de ocupação para todos os setores (era de 20%);

Funcionamento máximo de estabelecimentos de 8h (era de 4 horas);

Parques estaduais abertos; 

Proibição de atendimento presencial em bares; 

Atendimento presencial proibido em todos os estabelecimentos após as 20h;  

Fase amarela (novas regras estipuladas em 8 de janeiro)

Todas as atividades em funcionamento;

Capacidade limitada a 40% de ocupação para todos os setores;

Funcionamento máximo dos estabelecimentos limitado a 10h por dia;

Parques estaduais abertos;

Atendimento em bares restrito após as 20h;

Atendimento em todos os estabelecimentos restrito após as 22h;

Fases do Plano São Paulo Fases Plano São Paulo Fases do Plano São Paulo. (Foto: Reprodução / Governo Estadual)

Como funciona o Plano São Paulo

A reavaliação das cidades, de acordo com as normas do Plano São Paulo, leva em conta os indicadores da pandemia dos municípios e das regiões. Hipoteticamente, quanto mais altos forem a taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para pacientes com coronavírus, o número de óbitos e de novas internações no mesmo período, mais restritiva será a fase do Plano em que será inserida a cidade. O período considerado nas contagens pode variar, atualmente contabiliza-se os dois últimos intervalos de 7 dias, que são comparados entre si. Anteriormente, eram comparados dois períodos de 28 dias. 

Ou seja, no caso da reavaliação desta sexta-feira, foram comparados os indicadores da pandemia dos últimos quatorze dias. Em tese, se os indicadores apresentarem melhora, a região vai para uma fase menos restrita, se apresentarem piora, vai para uma mais restrita. Se apresentaram estabilidade, a região permanece na fase onde estava. 

As fases do Plano São Paulo são vermelha, laranja, amarela, verde e azul. A vermelha é a mais severa e a azul a menos restritiva. A fase vermelha é acionada quando a capacidade hospitalar está em risco ou a pandemia avança em velocidade acelerada. Nesta fase, apenas serviços essenciais são mantidos.

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